Heinrich Heine foi um dos maiores poetas do século XVII, tendo nascido em Düsseldorf,
Alemanha, em 1797. Aos 44 anos, foi acometido de sífilis, que afetou sua saúde a tal ponto, em que
nos últimos 8 anos de sua vida, exilado em Paris pelo governo prussiano, viveu preso à cama, com
paralisia progressiva e perda da visão. Morreu em 1856. A sífilis era a AIDS da época, extraordinariamente
prevalente, e altamente mortal. A neurossífilis, particularmente, enchia os sanatórios de pessoas
com variados graus de paralisia e demência inacreditáveis. Um número desproporcionalmente alto
de artistas foi afetado por ela, devido ao estilo de vida. Existem evidências, no entanto, que Heine poderia
ter esclerose amiotrófica lateral, além da sifilis. Nesta palestra discutiremos a história
da neurossífilis e seu impacto na psiquiatria e na cultura da época, como começou a desaparecer,
com a descoberta da causa da sífilis e do tratamento por salvarsan. Também examinaremos como a terapia
malárica foi usada no começo do século para tratar demencia sifilítica.
Prof.Dr. Renato M.E. Sabbatini
Uma realização:
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